LAMPIÃO ; continuação...
Para proteger o Capitão, os cangaceiros usavam armas potentes. As armas usadas pelos cangaceiros eram roubadas das Volantes, das delegacias de Policia que os cangaceiros invadiam, das unidades de forças armadas . A esíngarda MAUSER , eram conseguidas em confrontos com forças policiais.
Os Coronéis amigos de Lampião, também ajudavam o bando adquirindo armas e munições. A arma mais usada na época, era o RIFLE WINCHESTER.
OS POLICIAIS E OS VOLANTES , eram apelidados de MACACOS , pela maneira como eles fugiam, aos PULOS, tipo Macacos, para não encherem os pés de ESPINHOS. Já que não era fácil caminhar na CAATINGA.
Lampião e seu bando atacavam Fazendas, Povoados, Vilas e Cidades , em 7 Estados.. Praticavam também roubo de GADO. Realizavam SEQUESTRO, já naquela época, estipulando o PREÇO do Resgate ou a vitima seria morta. Outros ilicitos: Assaltos, Torturas, Assassinatos , Mutilações, Estupros e Castração de homens.
"Não é uma vergonha , o que se está ássando . No Nordeste brasileiro, os poderes públicos, nada fazem para DESINFESTAR o Sertão das hordas de Cangaceiros horriveis que tornam a região a mais infeliz do Mundo " , era o que se lia na imprensa do centro do Brasil.
Lampião e seu bando eram protegidos por COITEIROS, fazendeiros pequenos, que ofereciam abrigo e alimentos , por pouco tempo, dentro dos limites de suas terras. Sua companheira MARIA GOMES DE OLIVEIRA, conhecida por MARIA DA DÉIA e, após sua morte, 6 meses depois, por MARIA BONITA., juntou-se ao Bando em 1930, sendo a PRIMEIRA MULHER a integrar um bando de Cangaceiros. Lampião e Maria da Déia, tiveram uma filha de nome EXPEDITA FERRIERA MUNES, nascida em 13.09.1932. O casal teve ainda 2 natimortos.
LAMPIÃO, era devoto do Padre Cicero e respeitava suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte, na oportunidade, LAMPIÃO , recebeu a Patente de Capitão .
Em 27.07.1938, LAMPIÃO e o seu bando acamparam na FAZENDA ANGICOS, em Poço Redondo , no sertão de Recife, esconderijo tido por Lampião como o mais seguro da região. Na noite choveu muito e todos os cangaceiros dormiam em suas barracas.
DIA 28.07.1938, às 5 horas da manhã, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio- Lampião era muito religioso - os cangaceiros rezavam ao levantar e ao deitar à noite, domingo era dia de Missa Campal, rezada pelo próprio Lampião.- Após a reza , iriam tomar Café , quando um cangaceirodeu o alarme, mas já era tarde. Quando os Policiais do Tenente João Bezerra, do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva, abriram fogo com METRALHADORAS PORTATÉIS, ao que consta eram 3 ou 4 metralhadoras, os Cangaceiros não puderam se defender . O ATAQUE DUROU 20 MINUTOS. dos 34 cangaceiros p´rewsentes, 11 morreram ali mesmo, inclusive Lampião e Maria da Déia.
LAMPIÃO, foi um dos primeiros a m,orrer , a seguir Maria da Deia, com dois ferimentos no abdomen, tentou ainda, salvar o "Capitão ", mas foi atingida pelas costas com o terceiro tiro.. Eufóricos com a VITÓRIA, os Policiais , aprenderam os bens dos cangaceiros e mutilaram os cadaveres.
Onze cangaceiros, tiveram suas cabeças decepadas. Joias e dinheiro foram sequestrados pelo volantes. Foram MORTOS E DEGOLADOS : Lampião, Maria da Deia , Luiz Pedro, Quinta - Feira, Mergulhão, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. Um dos policiais desferiu um golpe com a coronha do rifle na cabeça de Lampíão , deixando a cabeça e o rosto de Lampião muito deformado, dificultando o reconhecimento. Feito isso, salgaram os seus troféus da vitória e colcoaram em latas de querozene, contendo aguardente e cal.
Os corpos mutilados e ensaanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo os URUBUS. Para evitar doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos.
JOÃO BEZERRA, percorreu os Estados Nordestinos, exibindo as cabeças dos Cangaceiros mortos. A caravana iniciou por PIRANHAS, depois Maceió e no Sudeste do Brasil NO IML de ARACAJU, as cabeças foram examinadas pelo Médico Dr. Carlos Menezes .
Após os exames as cabeças foram , para Salvadopr na Bahia onde ficarm por 6 anos, na Faculdade de Odontologia, da UFBA. Depois foram para o Museu Antropológico Estácio de Lima, ficaram depois em Salvador por três décadas.
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